Utilize os arquétipos para contar boas histórias e agregar valor à sua marca
O que é o storytelling?
O storytelling é a arte de contar histórias que inspiram. É uma técnica de criação ou adaptação de realidades que gerem sentimentos no espectador, em uma narrativa com começo, meio e fim.
O storytelling é muito utilizado no cinema, mas pode ser aplicado em diversos tipos de conteúdos, desde vídeos, apresentações, games, até em comerciais e na forma de contar a história de uma marca.
As histórias existem desde o início da humanidade. Muito antes da linguagem escrita, a oralidade e as pinturas rupestres contavam o dia a dia das populações. Em comunidades de todo o mundo, os mais velhos repassaram seus conhecimentos e valores éticos aos mais jovens a partir de contos e fábulas.
O marketing tem se utilizado de recursos audiovisuais e do storytelling para aproximar o consumidor às marcas, sendo uma forma de promovê-las sem a tentativa de uma venda direta de produtos. Essa é uma das técnicas de branding: o fortalecimento da marca tem um carácter persuasivo, envolvente, e não invasivo.
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Qual a importância do storytelling?
Ao contar histórias, o ser humano cria ligações interpessoais. A empatia faz com que o espectador sinta a emoção causada pela história. Esses sentimentos despertam gatilhos mentais que vão influenciar na decisão de compra do público.
Isso acontece porque as histórias ativam áreas do cérebro que permitem que o espectador transforme a narrativa em sua própria experiência. O cérebro libera então a dopamina, um hormônio ligado às emoções, que auxilia na memorização e aprendizado. Ao entrar em contato com um produto, o cérebro se recorda da experiência com a marca e reproduz a sensação anterior.
O consumidor é mais propenso a adquirir produtos de marcas com as quais ele se identifica, portanto, o storytelling auxilia a marca a se tornar referência no mercado. Sua influência é capaz de transformar espectadores em clientes.
Para que uma história tenha esses efeitos, ela deve ser interativa, visual, utilizar diálogos realistas, conter pelo menos um clímax e a resolução de um conflito. Sobretudo, seja capaz de invocar sentimentos e tenha um personagem facilmente identificável pelo público-alvo. Por isso, o estudo dos arquétipos se torna tão importante!
O que são os arquétipos?
Os arquétipos são fruto do estudo do psicólogo Carl Jung sobre a psique humana em 1919. O discípulo do Freud concluiu que os arquétipos são conjuntos de imagens primordiais existentes, em comum, a qualquer pessoa. Essas imagens fazem parte de um inconsciente coletivo, ou seja, diversos ancestrais viveram experiências semelhantes e passaram adiante conceitos parecidos. Qualquer ser humano consegue, então, identificar facilmente as características, motivações, valores e personalidade dessas imagens (arquétipos).
Muitos filmes, desenhos animados e narrativas em geral fazem uso dos arquétipos como “guia moral” que comanda as escolhas dos personagens. Diferentemente dos estereótipos, os arquétipos criam personagens com profundidade. Suas virtudes e medos andam lado a lado, e ambos devem ser explorados para demonstrar a complexidade do personagem.
Por que utilizar os arquétipos no storytelling?
Os arquétipos do Dr. Jung passaram a ser utilizados no marketing, nos anos posteriores, pela fácil identificação do personagem e seus valores, criando a primeira ponte para que a história desperte o sentimento desejado.
Esses arquétipos satisfazem necessidades básicas do ser humano, que motivam e influenciam decisões a todos os momentos.
Quais são os arquétipos?
Margaret Mark, em seu livro “O Herói e o Fora-da-lei”, divide os arquétipos em 12 personagens que estão no imaginário humano independentemente do seu país, cultura, religião e costumes.
- Buscam um lugar melhor
Esses arquétipos estão em busca de realizações pessoais e prezam pela sua independência.
1. Inocente: Encontra ou renova a fé.
2. Explorador: Mantém a independência.
3. Sábio: Entende o mundo.
- Deixam sua marca no mundo
Buscam a maestria em suas habilidades e querem mudar o mundo.
4. Herói: Age corajosamente.
5. Fora-da-lei: Quebra as regras.
6. Mago: Transforma tudo à sua volta.
- Ninguém é isolado
Interagem com os outros e querem pertencer à algo.
7. Cara comum: É como os outros.
8. Amante: Encontra e dá amor.
9. Bobo da corte: Se diverte.
- Estruturam o mundo
São estáveis, como pilares de sustentação de ideias e ações.
10. Prestativo: Se importa com os outros.
11. Criador: Constrói coisas novas.
12. Governante: Exerce o controle.
Para completar a leitura, baixe a Cartela dos Arquétipos e veja todas as características de cada um deles!
Um personagem, como a maioria das pessoas, pode ter características de mais de um arquétipo, o que agrega complexidade à sua psique. Porém, apenas um arquétipo segue dominante, e suas ações devem ser as responsáveis pelo clímax e pela resolução do conflito principal.
Qual o melhor arquétipo para trabalhar com a minha marca?
Entender o público-alvo é o ponto principal do marketing de centralidade do cliente, que tem como base o conhecimento sobre o cliente para oferta de produtos que ele realmente deseja, de maneira que agregue valor à marca. A melhor maneira de escolher os arquétipos para os conteúdos da sua marca é entender quem é público-alvo.
- Quem é?
- Qual a idade?
- Onde mora?
- Em qual fase da vida está?
- O que faz?
- O que pensa?
- O que ouve?
- O que e com quem fala?
- O que vê?
- O que e por que compra?
- Quais são as suas dores?
- Quais são as suas necessidades?
- Quais são seus valores?
Ao completar essas informações, é possível visualizar profundamente as formas de influência na vida do cliente e qual a melhor maneira de oferecer o produto certo a ele.
Uma narrativa que compactua com a visão de mundo, resolva o problema do cliente e cause emoção será eficiente.
Para que as resoluções de conflito sejam verossímeis, o personagem da narrativa deve tomar decisões condizentes às do público-alvo, por isso, os arquétipos são guias para um storytelling de sucesso.
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