Conheça as principais tendências de gestão de pessoas de acordo com pesquisa que ouviu mais de 11.000 empresas ao redor do mundo!
Vivemos novos tempos para os empreendimentos e corporações. As mudanças globais, a tecnologia, a velocidade da informação e as demandas sociais e ambientais vêm moldando novas práticas e valores para diversas esferas da sociedade, e para os negócios não poderia ser diferente.
As novas gerações – os millennials – que representam, em alguns países, a maioria da força de trabalho e crescente público consumidor, são adeptas ao questionamento a respeito do comportamento vigente das corporações. É o que mostra uma pesquisa de tendências globais de capital humano de 2018 da Deloitte Consultoria, que ouviu mais de 11.000 empresas ao redor do mundo. Segundo ela, 86% dos millennials consideram que o sucesso de um negócio não deveria ser mensurado apenas por sua performance financeira, mas também pelos princípios econômicos e sociais que o guiam.
O modo como uma empresa se porta diante de demandas sociais, redesenhando sua estrutura de acordo com elas, ou não, influencia sua reputação e identidade perante sua comunidade externa (consumidores, stakeholders) e interna (colaboradores). Portanto, mais do que nunca, é aconselhável que as empresas deixem claro em sua comunicação qual postura pretendem adotar, o que torna a transparência da informação um diferencial. Certamente, o público está atento às ações e reputação das corporações para fazer suas escolhas de trabalho e consumo.
Nesse cenário, a comunicação empresarial assume um papel muito importante, pois permite o controle da narrativa e gestão da identidade. Vale a pena pensar nas melhores estratégias e veículos de mídia para utilizar no relacionamento corporativo.
A importância do capital humano
As empresas que focam em seus colaboradores e no ecossistema ligado a ela são chamadas de “Social Enterprises” (em tradução livre, “empresas sociais”) e têm mais expectativa de ser bem sucedidas. Na prática, essas empresas se importam em inovar na gestão de pessoas, nas formas de liderança, no seu papel social e buscam crescimento tecnológico sustentável. Isso é muito compatível com o momento pelo qual o mundo passa e, portanto, gera reconhecimento. Alguns exemplo dessas práticas são:
- Bem-estar dos colaboradores (físico, mental);
- Gestão horizontal e achatamento das hierarquias;
- Retenção de talentos e valorização do capital humano;
- Uso equilibrado das ferramentas tecnológicas;
- Diversidade e inclusão de minorias sociais no time de colaboradores;
- Equidade salarial entre os gêneros;
- Lideranças globais e interconectadas;
- Sustentabilidade e redução de impacto ambiental.
O posicionamento da empresa impacta não só a dimensão de seu público consumidor, como também a atração de profissionais qualificados. O colaborador atual busca experiências satisfatórias de trabalho e uma boa gestão de pessoas. A retenção de talentos, outro ponto importante, também é mais frequente em empresas que abandonaram velhos planos de carreiras e se tornaram flexíveis em cargos, recompensas e ascensão de carreira.
Além dos benefícios diretos de adotar ações de inclusão, igualdade, sustentabilidade, vimos que esses fatores compõem o branding da empresa e sua imagem. Portanto, aí está uma oportunidade para que os negócios se aproximem das expectativas do público, agreguem valor a sua proposta e criem times alinhados ao que se deseja atingir. Tudo isso é extraordinário para ser bem sucedido, e claro, valorizar ações no mercado e atrair investimentos.
Afinal, quais são as tendências globais de capital humano?
A pesquisa da Deloitte que citamos lá em cima nos trouxe vários insights sobre como a empresa ideal gerencia seus times e se porta perante a sociedade. Agora que você já sabe que é bom se ligar nessas tendências, dá uma olhada nas que chamaram nossa atenção:
1. A sinfonia dos C-levels
Sabe o que são “C-levels”? São as principais cabeças da empresa, os diretores de diversas áreas, a saber: CEO (o “chefe dos chefes”), CFO (o executivo das finanças), CMO (chefe de marketing), CHRO (executivo de RH), e por aí vai… Pode haver inúmeros “C”s dentro de uma empresa.
A recomendação da pesquisa é que sejam quebradas divisões e os C-levels trabalhem em conjunto, tornando seus times interdependentes e colaborativos (a tal da “sinfonia” do título). A ideia é buscar aproximar os times em prol da construção de uma rede dinâmica de equipes capacitadas e que praticam relações de troca.
Isso pode aumentar a expectativa de crescimento da empresa em cerca de 10%, segundo a Deloitte. Claro que a regra é válida não só para os diretores, mas para todos os líderes. Interessante, né?
Mas, não basta apenas essa ação, outros pontos também são necessários:
2. Fluidez e crescimento
Esqueça tudo que é “engessado”: funções de trabalho delimitadas, plano rígido de carreira, organogramas, burocracias. A tendência global é tornar as coisas mais fluídas, interdisciplinares, colaborativas.
Por exemplo, antes, um colaborador da área de Criação cumpria funções dentro de um escopo, na sua sala, e era cobrado por algumas tarefas diárias, às vezes, meio repetitivas. Hoje, nos novos moldes, ele pode trabalhar junto com outras áreas, como a Redação e o Social Media, para a entrega de um projeto específico. Ele não é mais cobrado pela “tarefa” individual e sim pela qualidade da entrega.
Isso muda as relações de trabalho, criando oportunidades de integração de áreas, junção de saberes e novas experiências.
A mobilidade interna (promoção de colaboradores) também sofre ajustes de acordo com as novas tendências. Agora, a forma como o colaborador contribui com a empresa como um todo e seu alinhamento aos valores da corporação podem levá-lo ao crescimento, e não necessariamente o plano de carreira tradicional. Mais do que o tempo que ele trabalha na empresa ou quantos níveis já subiu, a tendência global, segundo a pesquisa, é que ele seja promovido com base em suas habilidades interpessoais e por aspectos de seu perfil (abertura para horizontalidade, flexibilidade, colaboração, etc).
E o que retém o colaborador, além das chances de crescimento? O bem-estar no trabalho, é claro!
Importar-se com o bem-estar dos colaboradores é não só uma obrigação das empresas, como também um diferencial quando elas aplicam isso a programas e benefícios para o público interno.
Por exemplo, criar ambientes agradáveis, áreas de descanso, acesso a academia, meditação, plano de saúde, palestras, área de lazer, além de programas de atenção à saúde mental, psicólogos no trabalho – dentre muitas outras possibilidades -, não são ações superficiais, mas demonstram a preocupação com o capital humano. Lembrando que esses benefícios são opcionais a cada empresa, mas, em conjunto com salários compatíveis, horários flexíveis e outros fatores, podem atrair e fidelizar muitos colaboradores.
3. O papel da tecnologia
Nunca se ouviu tanto falar sobre Inteligência Artificial, robótica e automação do trabalho. Ao mesmo tempo em que trazem benefícios, agilizam as tarefas e facilitam o dia a dia dos colaboradores, o uso das máquinas e softwares levam a uma preocupação: substituirão o trabalho humano?
A pesquisa da Deloitte aponta que não. Tudo dependerá do gerenciamento da tecnologia para minimizar efeitos negativos da automação na força de trabalho. O redesenho dos cargos, valorizando as habilidades “humanas”, e não tanto “técnicas”, é um dos caminhos. Por habilidades humanas, são mencionados exemplos como a capacidade de resolver problemas complexos, habilidades cognitivas e sociais. Tais capacidades não podem ser substituídas por máquinas.
A tendência é, portanto, o equilíbrio entre tecnologia e trabalho humano, e a ênfase no desenvolvimento das soft skills, para gerar o máximo de benefícios para os colaboradores.
Dentre os processos automatizados pela tecnologia, o campo da comunicação interna é impactado pelas ferramentas digitais, sejam elas as mensagens instantâneas, as redes sociais corporativas ou diversas plataformas.
O ponto de atenção são os impactos dessas ferramentas na produtividade e nas relações interpessoais. A tendência é o gerenciamento dos meios digitais para serem focados em produtividade e aumentarem a colaboração e integração. Dessa forma, as ferramentas vêm, mais uma vez, para auxiliar as empresas, cumprindo um papel complementar ao trabalho humano e impulsionando o potencial da comunicação.
Bom, nesse post você viu que as tendências globais de capital humano passam por pontos como redesenho da arquitetura do trabalho, redefinição de processos e uso inteligente da tecnologia. A transparência da informação, tanto interna quanto externa, é essencial para a gestão da imagem da empresa e gera muitas consequências positivas.
Você quer aproveitar para conhecer novas formas de valorizar o capital humano de sua empresa por meio de uma melhor gestão da comunicação interna? Nos pergunte como!