Dentre as tendências de comunicação, o Digital Signage se destaca como uma das melhores novidades. Apesar do nome não ser tão conhecido, com certeza, a maioria das pessoas já se deparou com essa tecnologia em seu dia a dia. Traduzido como Sinalização Digital e também conhecido como Mídia Out Of Home (MOOH) ou Digital Out Of Home (DOOH), alguns exemplos do uso desse recurso são as telas que vemos nas ruas indicando a temperatura e o horário, ou os displays nos corredores das estações de metrô com anúncios dinâmicos.
O que é Digital Signage
A definição de Digital Signage é de uma ou mais telas conectadas, gerenciadas remotamente em uma central, programadas para exibir conteúdos dinâmicos e vídeos, de acordo com uma playlist pré-determinada. Essa playlist, feita a partir de conteúdos próprios ou por meio de uma curadoria de informações de portais de notícias, define a programação das telas e a frequência com que cada conteúdo é exibido.
Os displays são instalados estrategicamente em pontos de circulação, de espera ou de venda (explicaremos detalhadamente cada ponto no próximo artigo), de forma a cumprir objetivos de marketing, entretenimento e informação. Esse tipo de veículo é muito utilizado por agências de publicidade, redes de varejo e de serviços, podendo ser encontrados nos mais diversos locais, como:
- Shopping centers;
- Vitrines de lojas;
- Restaurantes e bares;
- Bancos e instituições financeiras
- Salas de espera de serviços de saúde;
- Recepção de hotéis;
- Pontos de ônibus e estações de metrô;
- Empresas (TV Corporativa).
Mercado de Digital Signage
Globalmente, a tecnologia de Digital Signage está muito bem cotada. Ela foi avaliada em aproximadamente US$16,9 bi em 2015, e deverá crescer 6,7% até 2022, como aponta estudo da Markets&Markets.
No Brasil, ela vem ganhando força nos últimos 5 anos. Segundo a Ipsos, referência em pesquisa do mundo globalizado, só na cidade de São Paulo, 67% da população afirma ter sido impactada por esse tipo de mídia em seu cotidiano. Isso acontece porque o brilho e a animação dos conteúdos das telas chama mais atenção das pessoas que os anúncios estáticos de outdoors e banners.
As pesquisas analisam que o barateamento das telas e a expansão da tecnologia dos softwares utilizados foram os principais responsáveis pela popularização das MOOH no país.
A expectativa é, portanto, de uma utilização cada vez maior do Digital Signage nos comércios e locais de circulação. Ele atende às expectativas de alcançar o público-alvo de forma dinâmica, atrativa e interativa. Além disso, pode ser facilmente escalável (a rede não possui um limite de telas) e gerenciável (todo o controle da programação e o monitoramento é feito de um único computador). Incrível, não é?
Como funciona
Como explicamos, o Digital Signage funciona a partir de uma rede de displays que recebem a sinalização vinda de uma central e transmitida por um aparelho chamado player. As telas exibem, então, esse conteúdo, com uma duração e sequência estabelecidos por uma playlist.
Essa dinâmica leva em consideração o tempo que o público é exposto à tela e, dentre outros fatores, prioriza:
- O objetivo da campanha;
- O timing;
- O perfil do público (target);
- Os interesses, necessidades e gostos da audiência;
- As respostas e resultados obtidos.
Tudo isso é aplicado na decisão das mensagens a serem veiculadas, no design dos templates que serão exibidos, no tamanho e formato de tela escolhidos (existem desde as TVs até murais digitais) e na duração de cada playlist. Por isso, o Digital Signage é muito mais que um looping de telas: envolve toda uma estratégia de comunicação.
Tipos de Conteúdos
De acordo com o local onde as telas são instaladas e os objetivos de quem utiliza o Digital Signage, podem ser criados diferentes conteúdos. Existem, basicamente, três formas de exibição:
- Templates Dinâmicos: consiste no formato de imagem, título e texto ou dados atualizados dinamicamente;
- Aplicativos interativos: no caso de displays touch screen, é possível disponibilizar apps para o público utilizar de forma interativa.
- Vídeos: conteúdos audiovisuais selecionados para o público.
Listamos abaixo alguns exemplos de conteúdos, lembrando que não há exatamente uma limitação quanto às possibilidades temáticas, podendo sempre adaptá-las para as necessidades de cada negócio.
Marketing
Talvez o uso mais massivo de Digital Signage se dê na categoria dos anúncios. Uma pesquisa norte-americana da Arbitron concluiu que esse tipo de marketing é mais visto pelo público que vídeos no Facebook ou mensagens no celular. E também ganha em preferência: 71% das pessoas afirmou que a sinalização digital desperta interesse muito maior que anúncios na internet.
Os displays em pontos de venda influenciam diretamente o comportamento do consumidor. Na mesma pesquisa, 19% afirmaram já ter comprado por impulso após verem um anúncio de sinalização digital.
O levantamento mostra que a publicidade nos displays está nos locais altamente frequentado pelas pessoas: aeroportos, bares, cafeterias, lanchonetes, lojas de conveniência, farmácias, elevadores, supermercados, lojas de departamento, estádios, dentre outros. Por isso, o público é diretamente impactado, onde quer que esteja.
Entretenimento
O tempo passa muito mais rápido quando você está entretido, concorda? E há locais em que obrigatoriamente gasta-se um tempo de espera para ser atendido, como consultórios médicos, recepções e bancos, por exemplo. Sabendo disso, muitos desses estabelecimentos estão adotando a tecnologia para diminuir a sensação de espera de seu público, com telas informativas, também conhecidas como Mídia Indoor, que funcionam por Digital Signage.
Essas TVs ou painéis, além de entreterem, podem transmitir informações atualizadas sobre serviços de utilidade pública, como clima, métricas financeiras, conteúdo de mídias sociais e portais.
Há estudos que mostram que, efetivamente, essa “distração” reduz o stress e ansiedade nos ambientes de espera forçada em até 35%.
Utilidade Pública
Seja nas ruas ou nos locais de espera, as informações de utilidade pública são grandes facilitadoras do cotidiano das pessoas: clima, trânsito, horário, bolsa de valores e o que mais for relevante para o nicho. O Digital Signage permite capturar as últimas atualizações dos portais de notícias e sincronizar automaticamente com as telas. Seu público agradece!
Menus
Para restaurantes e demais serviços de alimentação, nada melhor que a digitalização para melhorar a apresentação dos produtos, facilitar a visualização do menu e dinamizar pedidos, o que pode ajudar até a vender mais.
Os menus digitais são facilmente atualizáveis e extremamente atrativos para o público, já que têm forte apelo visual. Se você deseja entender mais da aplicação do Digital Signage nos serviços de alimentação, temos um post que fala especificamente disso.
Vitrines
Aqui chamamos de vitrines, mas não necessariamente as telas precisam substituir as vitrines físicas (o que não deixa de ser uma boa ideia!). Os displays podem ser localizados em pontos estratégicos de lojas para apresentar produtos, sugerir combinações, exibir ofertas e vantagens. Em tamanhos grandes, podem até mesmo simular manequins, facilitando a visualização e instigando a compra. Como mencionado, a oferta de produtos nas telas pode aumentar muito a decisão positiva de compra.
Gestão à Vista
Em empresas e bancos, a gestão à vista é uma forma de manter os colaboradores alinhados a métricas importantes. Indicadores financeiros e demais balanços econômicos interessantes ao setor podem ser exibidos e atualizados frequentemente por Digital Signage. É possível utilizar dashboards e cotações diretamente dos portais da bolsa de valores e jornais. Isso ajuda muito na tomada de decisões e no acompanhamento da gestão.
Essas são algumas sugestões de aplicações do Digital Signage. Você já conhecia essa tecnologia? Percebe o impacto que ela pode causar em diversos tipos de negócios? Deixe nos comentários qual uso você achou mais interessante!